quarta-feira, abril 19, 2006

Permaneces

Alguns dias antes da Páscoa fiz uma viagem ao passado: O jantar anual do grupo de empresas onde a Marta hoje trabalha e eu a conheci, onde eu já trabalhei (+ de 7 anos), onde trabalham muitos amigos meus, de onde sou fornecedor e onde o meu Pai trabalhou durante muitos e longos anos (+ de 30 ).
Para lá da estranheza de regressar a locais familiares na pele de um estranho, a noite marcou-me pela emoção de uma pequena historia.
(Mas primeiro abro aqui um parentesis para vos falar do meu Pai.)
Começo pelo Fim: Ele morreu no dia 30 de Agosto de 2003, depois de um ano e poucos meses a lutar contra um tumor escondido algures no seu corpo. Durante esta luta continou sempre a trabalhar, até meter férias no inicio do mês de Agosto. Já não voltou à empresa onde trabalhara muitos anos e onde nos ultimos 10 era director de uma unidade fabril. No seu funeral foram muitas as pessoas da empresa que se vieram despedir, desde empregadas das linhas de produção, a colegas de direcção, numa "enchente" que nos surpreendeu e comoveu e me deixou a pensar que "quando morrer é assim que quero que seja..."
Em casa, antes e depois da doença, o meu Pai falava pouco ou nada sobre o trabalho. Sabiamos que para ele era importante, muito importante, mas pouco mais ... soubemos depois que tb Ele era importante para todos os que com ele trabalhava, ele sabia exigir, motivar, ajudar, e por isso tudo, a presença deles, ali, no seu último Adeus, e nas muias homenagens que então lhe fizeram...
(e fecho agora o parentesis)
Na festa da empresa 2 antigos colegas do meu Pai quiseram falar comigo, tinham um pedido disseram: A Fábrica ia inaugurar um campo de futebol, queriam dar-lhe um nome, e o nome escolhido por todos na Fábrica tinha sido o do meu Pai... (...) foi esta a minha reacção, silêncio, depois de quase 3 anos Ele permanecia como uma referência e uma boa lembrança para eles... agradeci e chorei para dentro
Chorei Pai, porque nem sempre soube reconhecer-te. Chorei porque nem sempre trago comigo o teu exemplo. Chorei porque não te tenho aqui, para te ouvir, seguir ou rejeitar, mas saber que estás aqui. Chorei porque ouvi nos outros a falta que tu me fazes.

Maionaisse

Ontem no Trio de Ataque, programa na RTPn sobre futebol, dizia o António Pedro Vasconcelos sobre Benfica e Sporting e a eventual falta de motivação dos seus jogadores:

" As equipas de futebol são como a maionaisse às vezes por mais que uma pessoas bata, ela deslassa e depois já não se consegue fazer nada"

Plano B

Descobri agora e graças ao BES que ainda não tenho um plano B para a minha vida. Tenho que ter???

terça-feira, abril 18, 2006

You can never hold back Spring

A frase dá titulo à Música e à Voz de Tom Wait. Banda sonora para o Sonho de Roberto Benigni em " o Tigre e a Neve". Um poema em Filme.

A Acção passa-se entre Roma e Bagdad no inicio da guerra. Para lá dos momentos de pura gargalhada fica a mensagem: a Vida vale a pena.

E a letra de uma fabulosa Música

You can never hold back Spring
you can be sure that i will never stop believing
The blushing rose will climb
Spring ahead or fall behind
Winter dreams the same dream
Every time
you can never hold back springs
even thought you've lost your way
the world keeps dreaming of spring
So close your eyes
Open your heart
To one who's dreaming of you
You can never hold back spring
Baby
Remember everything that spring can bring
You can never hold back spring

segunda-feira, abril 17, 2006

Parar para Viajar

Há quem diga que é loucura. Para outros foi preciso muita coragem. Eu fico-me algures entre a inveja e o orgulho. A inveja por não ter deles a coragem e a loucura. O Orgulho por os ver, amigos ,partir para uma viajem de 8 meses por esse mundo fora...
A aventura vai ter registo num Blog: pararparaviajar
Daqui a vou seguir. Boa viagem Filipa e Johnnie... keep walking.

Reabro hoje

Estive fechado para reflexão. Não me apetecia escrever. Colocar na blogosesfera sentimentos e opiniões. Reabro hoje. Vamos ver como anda o negócio.

quinta-feira, abril 06, 2006

Anónimo Feliz ou a Ausência de Ousadia

Hoje sei de um anónimo feliz: O Barcelona eliminou ontem à noite o Benfica e o seu sonho realizou-se.
Já o meu chegou ao fim.
Teve o final esperado - a eliminação, mas também o sabor doce da euforia, espalhada por várias semanas, iniciadas em setembro, mas especialmente vividas desde 7 de Dezembro quando eliminamos o Man United na Luz.
Ontem, no campo, não fomos o David que bateu o Golias. Faltou-nos a ousadia para pegar na funda e jogar a pedra. Olhamos para o outro lado, para um Barcelona que aprendemos a admirar, e fizemos a vénia, incapazes de justificar a sorte por mais 90 minutos.
A sorte, de tão apegada a nós, ainda insistiu em aparecer, e Moretto - imponente - defendeu aos 4 minutos o penalty de Ronaldinho, dando mais brilho a um sonho bonito.
Mas nós não a queriamos- à sorte. Ela que se fosse, não era para nós, que fosse ter com os outros, os audazes. E aos 19 minutos, depois de muito pontapé sem nxo, expulsamo-la com uma perda de bola inaceitavel.
E ela disse-nos adeus. Sentada, na mitica bancada de Camp Nou, ainda a tiveram de segurar para não saltar para dentro do campo no lance perdido por Simão. Foi preciso insistir que não, que nós não a queriamos. Nós não a mereciamos.
Nem a ela, nem à vitória. Seria renegar os deuses do futebol, encarnados na forma de ronaldinho, eto'o e companhia.
Terminado o sonho, o dia é de recomeço. Para lá dos 5 jogos que faltam na liga, vem aí uma nova época, precedida de um mundial e da penã Portugal. Continuarei a vibrar com o Futebol sempre: A subir a av lusiada a caminho da luz, ou em qualquer outra rua, até ao café onde vou ver Portugal... sempre a caminho das minhas penã: Benfica, Portugal, Benfica.

quarta-feira, abril 05, 2006

Arrepio Matinal

Hoje, esta manhã, pouco depois de ligar o carro, a caminho da empresa... aqui, na TSF....
Sinais de Fernando Alves

Lobo Antunes

Ainda não consegui ler nenhum dos seus livros. Guardo-os à distância como algo que respeito e para a qual não estou ainda preparado.
Acho que este respeito vem de o ouvir. Sempre que oiço uma das suas entrevistas fico preso, na voz e nas palavras.
Ontem foi na 2 - no programa por outro lado. Guardei algumas das suas palavras:
A resposta à pergunta o que quer para os seus livros: " que cada página seja um espelho..."
Sobre o sucesso: " o sucesso não é importante... importante é a glória... e eu quero dar trabalho aos criticos para 500 anos"
Hoje já na TSF sobre o Barcelona e o seu Benfica, " O futebol perdeu-se com o predominio dos técnicos, dantes era um solitário debaixo dos paus e 10 eufóricos lá na freste..." e ainda hoje na TSF e registado aqui no kuhluvuka: " o Benfica é o meu país..."

terça-feira, abril 04, 2006

Barómetro

Este blog é o meu barómetro. Aqui mostro se estou decidido, contente, chateado, frustrado. Aqui vou deixando todas as minhas emoções.
Em quase todos os meus post registo o que gosto ou o que não gosto
Está encontrado um papel para estes textos. São apenas isto um barometro. Para mim. Para mais tarde recordar.

A Europa do Futebol

Em conversa com ele, hoje no regresso do café.
o tema inevitavelmente era o jogo de amanhã. Dizia ele na sequência de uma conversa sobre a eventual postura defensiva do Benfica: " isso era muito mau, ficavamos mal vistos pela Europa do Futebol".
Por Quem?

Publicidade

Há um anúncio que me intriga.

Conversa de miúdas. Diz uma:-"a Xana Comprou umas purpurinas". Pergunta a outra:" Purpurinas!!!! já contaste à Bé?"

E eu fico-me sempre a perguntar: Que raio são umas purpurinas?

segunda-feira, abril 03, 2006

Perfil de Risco Português

O Barometro DN/TSF Marketest anuncia:
A noticia continua dramatizando a nossa tendência para o consumo, para o endividamento das familias, e para o perfil de poupanças (certificados de aforro, planos poupança reforma, e depositos a prazo)...
Este fim de semana na aula de finanças na pós graduação que estou a fazer um exemplo espelhou esta realidade:
Estudavamos formas de financiamento e avaliavamos duas hipóteses de subsidio: Uma primeira de 60 mil euros a fundo perdido; uma segunda de 300 mil euros de emprestimo com 0% de juro, 2 anos de carência e 3 prestações de 1/3 do valor nos 3 anos seguintes.
comentário imediato de uma colega de turma: Para que é que é preciso comparar se uma me dá 60.000 euros que vão ser meus, que eu não tenho que pagar...
Findo o exercicio, o Valor actual dos 300.000 euros era de 74.000 euros: continua a colega - " não percebi, a outra não dave 60.000 sem pagar... então é melhor, é sempre melhor"
Para ela, como para a generalidade dos portugueses, o certo, o sem risco, o garantido é sempre melhor... No consumo como na poupança preferimos o que é seguro: O Frigirifico hoje que só começo a pagar daqui a 6 meses, os 300 contos a 1% num deposito a prazo que pelo menos os 300 estão garantidos..No poupança como na vida não arriscamos: Preferimos a segurança de um emprego, que a aventura de um empreedimento; a certeza de um certificado de aforro à rendibilidade de uma acção...
e depois alegremente cantamos "queremos mais, queremos mais"...