Dando seguimento a uma problemática brilhantemente narrada aqui pelo Tiago, venho ilustrar a minha preocupação pelo tratamento dado ao Salgado em tantas pastelarias de Fabrico Próprio em Portugal.
Ainda a semana passada, com alguma larica a pedir consolo, parei o carro (sim que a busca do salgado não se faz a pé) a porta de uma excelente pastelaria em Cascais, entrei, olhei a vitrine, e pedi - Uma empada e um café...
Reparem aqui que eu fiz a ressalva - uma excelente pastelaria, daquelas de fabrico próprio, vitrine imponente a despertar desejos doces e salgados. Não fora, por isso, uma escolha cega, já lá antes tinha parado, comido e saido a maior parte das vezes satisfeito, factos que, aliados à sensação de vazio no estomâgo, só me aumentavam a expectativa.
Feita a ressalva prossigo com o relato... ali em pé, ao balcão, aguardei o meu pedido. Coloquei açucar no cáfe, mexi-o meio perdido nos meus pensamentos e distraidamente trinquei a empada e.... OHHH SACRILÉGIO... a massa (folhada no caso) apresentava-se seca, não estaladiça... o recheio (escasso) podia ser frango ou vitela tão incipiente se revelava... é verdade que comi e calei, paguei os 1,65€ que me pediram por café e salgado e sai incomodado com o sabor que trazia na boca...
O Alerta do Tiago faz por isso todo o sentido... onde andam os croquetes e rissois, cadê o bacalhau dos pasteis, bola de carne quem a vê e a bela da empada onde pára... quem os trocou por pré congelados mistos de espinafres e queijo, mini quiches, e merendas... dura é a vida de um salgado no reino das pastelarias em Portugal.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário