30 Agosto de 2003. Não estava no Hospital quando partiste. Ligaram-me. Tinha ido a casa preparar a tua roupa. Hesitei entre ir-me despedir de ti ao Guincho ou correr para o Hospital. No meio da encruzilhada, da dúvida, o telefonema - Vem!!! - Disseram-me então. Não recordo nada do caminho, recordo um último abraço no teu corpo que já arrefecia, uma angústia no peito que teima (ainda) em permanecer. A saudade física e eterna que se instalou.
Retenho o verso de Tolentino que li (e reli, e reli)... aqui em tua memória...
(...)
há quem diga
a vida é um pau de fósforo
escasso demais
para o milagre do fogo
(...)
Sem comentários:
Enviar um comentário