quarta-feira, dezembro 31, 2008

Album do Ano

é de 2007 mas eu só o descobri em 2008. Para mim foi o album do ano: Flying Club Cup dos Beirut...

http://flyingclubcup.com/

terça-feira, dezembro 23, 2008

O que é que lhe apetece?

A mim apetecia-me que a Optimus cumprisse o que anuncia aqui. Na oferta para empresas e profissionais.

Mas fui a uma loja oficial (CC colombo)e dizem que é só para novos clientes (?!? boca aberta de Espanto ?!?) e que a informação no site, assim como a dada no 1693 é errada os colegas estão mal informados (*!!****"! Boca fechada e esgar de irritação até porque esta experiência acontece em ante vésperas de natal na meca do consumo em Lisboa onde me fui enfiar só para tratar deste assunto stupid me!!!!)

Voltei aqui e lí as letras pequeninas... não encontrei a dita informação, nem nada que me impeça de aceder à oferta do iphone plano individual para profissionais e empresas ... o que me apetece? Mudar de operador.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Um novo Benfica

Ontem fui um dos poucos (apenas 11 mil e picos) benfiquistas que acompanhou o fechar de uma triste participação europeia.

Chateado com a discussão do final do jogo com um "pseudo"benfiquista (daqueles que sacam do lenço por tud0 e por nada) regressei a casa.

A Francisca já estava na cama, mas ainda não a dormir. Fui-me despedir dela que me perguntou:
"Pai fosse ao fubol?" - Fui filha, mas O Benfica Perdeu - respondi

Reacção dela: "OHHH Não!!" seguida de uma pausa e de uma reflexão cheia de sabedoria - "não fasse mal a chica arranja-te outro"

quarta-feira, dezembro 17, 2008

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Ir à Luz

Obrigado, Miguel.

Caro Miguel (não sei se é assim que te chamas),

Não me conheces e por isso não sabes que no dia 1 de Dezembro também estive no Estádio da Luz, no sector 23. Não saberás também que nesse dia levei pedagogicamente comigo a Caetana. Não interessa o sentido exacto do advérbio, importa apenas que a levei e que a levei pedagogicamente, porque há prelecções que, de tão grandes, passam por cima de muros, ainda que estes sejam muito altos e cravejados de vidros cortantes, como é o caso. Mas disto, de ensinar, saberás tu, não é, Miguel? Era um jogo importante, um jogo para o primeiro lugar. Os outros chamavam-se Vitória, mas a águia que voou no início com esse nome era nossa, tal como a vitória no final do jogo não podia senão ser nossa também, tal como aliás o primeiro lugar deveria ser também nosso, se houvesse justiça. Não há, e tu, do alto dos teus oito anos, não sabes que não há, e ainda bem que ainda não sabes, porque assim as derrotas e os empates são só derrotas e empates, não são derrotas e empates com sabor a outra coisa que não a superioridade do adversário.
Estávamos gelados, naquele sector 23, lembras-te? Ainda assim, lá fui batendo palmas, que é a único som não desafinado que consigo fazer. Se me tivesses conseguido ouvir, terias percebido como isto é verdade, e eu escusaria a explicação. Não ouviste, fica dada a explicação. Na primeira parte, o nosso Benfica foi fraquito, Miguel, mas suponho que não devas ter passado muito tempo sentado, porque a primeira vez que te vi estavas de pé, a tapar elegantemente a vista a quem estava atrás de ti, e a tua mãe (era a tua mãe?) puxava-te vigorosamente para baixo, para te sentares. Tu ignoravas a tua mãe e gesticulavas para dentro do campo, como se fossem aqueles os teus pupilos (e talvez não estivesses longe da verdade). Eu levei uma pupila também, e ainda assim não consegui gesticular para ela com essa expressiva harmonia.
E agora peço-te desculpa, Miguel, por me ter lembrado do jogo com o Penafiel a propósito do que estavas a fazer. Nesse jogo da Taça, havia na minha fila um puto, mais ou menos da tua idade, a quem deram um apito. Tu não saberás, mas um puto com um apito na boca consegue ser mais irritante que os adeptos benfiquistas com tendência crónica para a maledicência (do género daqueles que virão vociferar com caps lock para a caixinha dos comentários deste post). O puto sentava-se e levantava-se aleatoriamente, nem estava a prestar atenção ao jogo, mas não largava o apito. Então, num momento de silêncio, sentou-se e esqueceu-se de que a cadeira recolhe automaticamente, e a única coisa que se ouviu fui o ruído seco do puto a cair no chão. Rimos de satisfação e o apito não se voltou a ouvir, porque, além de ter caído no chão, o puto ainda apanhou dois tabefes da mãe. Peço-te desculpa, mas eu quis que isto te acontecesse, sobretudo porque tu tinhas a mania de te voltares para nós (mas não aleatoriamente, o que só percebi depois) e gesticulares também. Quando foi do golo dos outros, visto do meu lugar, foste insuportável. Bateste palmas, gesticulaste, saltaste, tiraste o gorro e a tua mãe teve se levantar para te sentares durante dois segundos. E foi então que te viraste para nós e pediste claramente apoio para o Benfica. Nitidamente. Como saberás, não compreendi exactamente o que estavas a querer dizer. Mas há gestos e expressões, como as tuas naquele dia, que as palavras só atrapalham, e por isso não precisei de te escutar. E só então é que percebi que, ao longo de todo aquele tempo, estiveste sempre a pedir apoio para o Benfica. Sempre, sempre. E isso tornou-te um pouco menos irritante, Miguel. Quando começou a segunda parte, lá estavas tu a gesticular, enquanto toda a bancada estava sentada, gelada e amuada. Que irritante, Miguel, só faltou teres um apito na boca! A equipa estava a jogar mal, caramba! E o teu apoio frenético começava a chatear-me, porque me parecia deslocado, excessivo.
A distância a que estava, com a histeria que é para mim um golo do Benfica e com a celebração com a Caetana, não te consegui ver depois de o Katsouranis ter marcado o golo. Mas, depois da euforia, com uma face confiante, lá estavas tu virado para trás, quase ignorando o jogo, a pedir apoio freneticamente. Como fizeste, pelo menos, desde que te vi a primeira vez (apercebo-me agora). Veio o segundo golo, ficaste eufórico, a tua mãe continuava a puxar-te para baixo e tu só te querias voltar para trás para bater palmas para nós. Para bater palmas para nós?
Foi só então que percebi que eras surdo-mudo. Fiquei mudo, claro, e não soube o que fazer com as mãos, como me acontece ordinariamente quando alguém me reconcilia com a minha vida. Apresentei-te, a distância, à Caetana, e a partir daí cantámos ambos horrivelmente (nisso eu e a Caetana somos parecidos, ainda que eu não a tenha ouvido porque estava a gritar por mim e por ti), batemos palmas, levantámo-nos, gritámos Benfica, apoiámos com todas as desarranjadas cordas vocais que temos, desafinámos, devemos ter feito uma figura ridícula. Mas como podíamos nós fazer outra coisa que não aquela? Como podíamos nós responder de outro modo ao teu apelo? O que podíamos nós fazer diante da tua grandeza? Não foste irritante, Miguel, desculpa. Apenas nos pediste que fizéssemos o que tu não podes, infelizmente, fazer: apoiar o teu clube gritando. Deves ter pensado, com razão, “Dá Deus voz…”.
Peço-te desculpa, Miguel, porque, quando te voltaste para trás desesperado (e é dessa expressão que eu não me hei-de esquecer nunca) a pedir apoio depois de os outros terem marcado o golo do empate, eu estava incrédulo com o Quim e a Caetana desanimada, e não, Miguel, nesse momento não apoiámos. Mas apoiámos depois, naqueles três minutos quase não nos sentámos. Por nós e por ti.
Quando acabou o jogo, Miguel, a tua mãe levou-te. Alguns adeptos já se tinham ido embora. Mas quero que saibas que eu e a Caetana ficámos os dois de pé – os únicos na nossa fila – a aplaudir os jogadores, ainda que à nossa volta se vaiasse a equipa. O Luís de Sttau Monteiro escreveu um dia que “Há homens que obrigam todos os outros homens a reverem-se por dentro”. Tu és daqueles benfiquistas honestamente hiperbólicos que nos obrigam a revermo-nos por dentro. Comigo e com a Caetana foi isso que aconteceu.
Naquele dia, podia ter chegado a casa e ter escrito um comentário a crucificar o Quim. Não fui capaz, Miguel, porque não consegui sentir-me revoltado. Triste sim, mas não revoltado. E a culpa foi tua – não podias ser um puto banal, um puto chato, um puto que não me tivesse tirado o protagonismo pedagógico junto da Caetana? Depois de ti, que lhe posso eu ensinar? Não podias ser um puto mimado, daqueles que ao intervalo precisam de coca-cola e gelados e cachorros e doces, em vez de seres um puto surdo-mudo de óculos e gorro a gesticular para o relvado da Luz? É que assim não vinha eu para casa com a certeza de que nada se ouviu mais alto naquele estádio naquela noite do que o teu silêncio, nem ninguém, por mais que tenha gritado e vociferado (mesmo aqueles que espumavam ofensas ao Quim) ensinou melhor a Caetana. As palmas no final, caro Miguel, as minhas e as da Caetana, que tu já não viste, eram para ti e para os jogadores, porque ao contrário daquele adepto que me perguntou por que razão estava eu a bater palmas (de uma maneira rude, com cuspo e espuma na boca à mistura) eu tenho sempre de aplaudir aqueles senhores, ainda que joguem mal, porque estão ao serviço de um clube que será sempre maior que eles, e, é verdade, não consegui esquecer-me de ti e da mestria da tua lição de apoio ao Benfica: façamos nós, os que lá vamos, pelo menos o pouco que muitos não podem fazer – apoiar. E voltámos para casa, a Caetana um pouco maior, eu indescritivelmente pequeno.
Obrigado, Miguel.

sexta-feira, novembro 28, 2008

será cansaço?

Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta -
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...

Álvaro de Campos

terça-feira, novembro 11, 2008

Receita para matar um Homem

Aqui. Roubado do Caderno do Saramago.

"Tomam-se umas dezenas de quilos de carne, ossos e sangue, segundo os padrões adequados. Dispõem-se harmoniosamente em cabeça, tronco e membros, recheiam-se de vísceras e de uma rede de veias e nervos, tendo o cuidado de evitar erros de fabrico que dêem pretexto ao aparecimento de fenómenos teratológicos. A cor da pele não tem importância nenhuma.

Ao produto deste trabalho melindroso dá-se o nome de homem. Serve-se quente ou frio, conforme a latitude, a estação do ano, a idade e o temperamento. Quando se pretende lançar protótipos no mercado, infundem-se-lhes algumas qualidades que os vão distinguir do comum: coragem, inteligência, sensibilidade, carácter, amor da justiça, bondade activa, respeito pelo próximo e pelo distante. Os produtos de segunda escolha terão, em maior ou menos grau, um ou outro destes atributos positivos, a par dos opostos, em geral predominantes. Manda a modéstia não considerar viáveis os produtos integralmente positivos ou negativos. De qualquer modo, sabe-se que também nestes casos a cor da pele não tem importância nenhuma.

O homem, entretanto classificado por um rótulo pessoal que o distinguirá dos seus parceiros, saídos como ele da linha de montagem, é posto a viver num edifício a que se dá, por sua vez, o nome de Sociedade. Ocupará um dos andares desse edifício, mas raramente lhe será consentido subir a escada. Descer é permitido e por vezes facilitado. Nos andares do edifício há muitas moradas, designadas umas vezes por camadas sociais, outras vezes por profissões. A circulação faz-se por canais chamados hábito, costume e preconceito. É perigoso andar contra a corrente dos canais, embora certos homens o façam durante toda a sua vida. Esses homens, em cuja massa carnal estão fundidas as qualidades que roçam a perfeição, ou que por essas qualidades optaram deliberadamente, não se distinguem pela cor da pele. Há-os brancos e negros, amarelos e pardos. São poucos os acobreados por se tratar de uma série quase extinta.

O destino final do homem é, como se sabe desde o princípio do mundo, a morte. A morte, no seu momento preciso, é igual para todos. Não o que a precede imediatamente. Pode-se morrer com simplicidade, como quem adormece; pode-se morrer entre as tenazes de uma dessas doenças de que eufemisticamente se diz que “não perdoam”; pode-se morrer sob a tortura, num campo de concentração; pode-se morrer volatilizado no interior de um sol atómico; pode-se morrer ao volante de um Jaguar ou atropelado por ele; pode-se morrer de fome ou de indigestão; pode-se morrer também de um tiro de espingarda, ao fim da tarde, quando ainda hà luz de dia e não se acredita que a morte esteja perto. Mas a cor da pele não tem importância nenhuma.

Martin Luther King era um homem como qualquer de nós. Tinha as virtudes que sabemos, certamente alguns defeitos que não lhe diminuíam as virtudes. Tinha um trabalho a fazer – e fazia-o. Lutava contra as correntes do costume, do hábito e do preconceito, mergulhado nelas até ao pescoço. Até que veio o tiro de espingarda lembrar aos distraídos que nós somos que a cor da pele tem muita importância."

segunda-feira, novembro 10, 2008

A felicidade Exige Valentia

A propósito de algo que me relembraram

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…"


Fernando Pessoa

sexta-feira, novembro 07, 2008

Na Luz nada de novo... ou talvez não.

Quinta 6 de Novembro, Estádio da Luz recheado (mais de 46.000 almas) para ver o seu clube, o seu Benfica em mais uma esperada noite de glória europeia. Adeptos esperançados e cheios de sí e do seu Benfica (afinal já há algum tempo que não estavamos à frente de tripeiros e lagartos em simultâneo, e o passe de Aimar para o golo de Suazo fazem sonhar qualquer um).

Aos primeiros minutos de jogo dois calafrios e os turcos quase a marcar.... o povo é sereno, mas começam os primeiros comentários dos habituais treinadores de bancada: "assim que vi o onze vi logo que isto ia ser assim: mas porque é que só estamos a jogar com dois médios..."

O Benfica serena e fica por cima do jogo.... Suazo remata cruzado e não faltaram as certezas: "parece mesmo o Eusébio...";

O público entusiasma-se mas o jogo fica morno e voltam as ladainhas: " o que é que o treinador está a fazer no banco, o homem não vê que não estamos a jogar nada.... o Aimar e o Carlos Martins tem que entrar, isso é certo..." A primeira parte termina num misto de esperança ("ainda vamos ganhar isto") e de certezas ("já vi tudo, estes tipos embandeiram em arco e agora ainda me vão perder isto").

Começa a segunda parte, nos 11 nada de novo e, dando voz às certezas de alguns ao intervalo, os turcos marcam. Suazo falha um passe e deixa de ser Eusébio para ser " o cabrão do Preto não sei o que é que lá está a fazer". Aimar entra, também Cardozo e finalmente Carlos Martins. O Benfica não joga, os turcos marcam o segundo... o senhor sentado ao meu lado (senhor é só por educação) diz mal de todos os jogadores da equipa (xulos da merda, julgo que foi das expressões mais usadas), a 10 minutos do fim levanta-se e vai-se embora, com ele sai mais de meio estádio. há coisas que não mudam no Estádio da Luz.

O Árbitro apita para o final. A equipa vai ao centro e o público ainda presente aplaude. Há coisas que estão a mudar.

Ao chegar a casa, o rádio passa a conferência de imprensa de um Senhor ( e Aqui senhor por respeito e admiração). Quique Flores explica a derrota, diz o que falhou: más decisões na hora de passar a bola, constantes perdas na transição defesa ataque que foram partindo os blocos, elogia os jornalistas - vcs tem bom nivel e sabem entender isto, sempre que uma equipa perde a bola no momento de transição é mais dificil reconstruir o bloco, quando isso está constantemente a acontecer a equipa termina partida - fala das substituições, da inspiração dos artistas e do trabalho que ainda tem pela frente. Sorrio ao pensar naquela que seria a explicação de Fernando Santos, Camacho ou mesmo Fernando Chalana. E sei que algo está a mudar na Luz.

SL Benfica. Yes we Can! :)

quarta-feira, outubro 15, 2008

Ter Medo Não Apaixona

Portugal acabou de empatar com a Albânia em casa. Nada de relevante no nosso cenário actual ( e seria muito mais importante vir aqui falar da crise do sub prime ou das medidas do orçamento de estado ou até mesmo do debate de logo mais entre o futuro presidente dos EUA e um veterano da guerra do Vietnam)... mas escolhi o futebol e uma imagem que não me sai da cabeça: A cara de Carlos Queiroz nos últimos 15 minutos do jogo - totalmente transparente, o homem mostrava Medo, o medo de quem dizia - isto não me está a acontecer a mim, não a mim que tinha um emprego tão bom lá em Inglaterra, não a mim que tinha um estatuto tão forte cá em Portugal, eu não poss estar de novo a viver o Pesadelo de Madrid, eu já bati com a porta da seleccção quando ela não tinha condições para eu fazer um bom trabalho, mas e se eu agora não faço um bom trabalho?... A cara de Queiroz não é um problema, o que ele tem a perder e o medo que tem de o perder (O Medo de Queiroz) isso sim é um problema.... É que o medo não apaixona, e isso seria um pormenor não fosse Portugal ter vivido os últimos 4 anos apaixonado pela selecção ( é que o raio do Brasileiro dava murros nos sérvios, mas com a ladainha das bandeiras levava-nos na certa).... a esta hora algúem deve estar a exclamar "e o burro sou eu?"

sexta-feira, julho 18, 2008

Envelhecer Juntos...

Parece que vai abrir assim.
Dançamos?

Because of

Por causa de algumas canções
que falam dos mistérios femininos...


Amanhã é provavel ir ver Leonard Cohen,

(além disso é a sua última tourné mundial, que só faz por razões monetárias depois do desfalque de mais uma misteriosa mulher (a sua contabilista))

segunda-feira, julho 14, 2008

Cancão do Engate

Achilles: I'll tell you a secret. Something they don't teach you in your temple. The Gods envy us. They envy us because we're mortal, because any moment might be our last. Everything is more beautiful because we're doomed. You will never be lovelier than you are now. We will never be here again.

em "Troy"

Cumpre-te

Briseis: Why did you choose this life?
(...)
Achilles: I chose nothing. I was born and this is what I am.

em "Troy"

quinta-feira, julho 10, 2008

O Milagre ou a espera pelo pagamento dos clientes

(...)
Nothing left to do
when you know
that you've been taken
Nothing left to do
when you're begging for a crumb
Nothing left to do
when you've got to go on waiting
waiting for the miracle to come
(...)
Leonard Cohen

Mr Smith

" I'd like to share a revelation that I've had during my time here. It came to me when I tried to classify your species and I realized that you're not actually mammals. Every mammal on this planet instinctively develops a natural equilibrium with the surrounding environment but you humans do not. You move to an area and you multiply and multiply until every natural resource is consumed and the only way you can survive is to spread to another area. There is another organism on this planet that follows the same pattern. Do you know what it is? A virus. Human beings are a disease, a cancer of this planet. You're a plague and we are the cure. "

Mr Smith The Matrix

A propósito do The Story of Stuff

Cypher



Cypher: You know, I know this steak doesn't exist. I know that when I put it in my mouth, the Matrix is telling my brain that it is juicy and delicious. After nine years, you know what I realize?

[Takes a bite of steak]

Cypher: Ignorance is bliss.

terça-feira, julho 08, 2008

O Chato

Não sou fâ dos contemporâneos, mas este personagen tem momentos hilariantes...

O Sketch com o Pacman (tu és um bonequinho amarelo que passa o dia a enfardar), a quem ele aconselha a deixar crescer o bigode para ser como o super mário ( que também passa o dia a enfardar mas ao menos é canalizador) é um texto fabuloso e uma interpretação brilhante do Nuno Lopes.

segunda-feira, julho 07, 2008

Sem te Esquecer

Há noticias esperadas que nos apanham de surpresa.
Paralisei.Deixo-me ficar assim. Não espero melhores novidades. Espero o normal andar do tempo
Preparo-me não para o pior, mas para o que há de vir, para o que sempre chega.
Permaneço assim com hás-de permancer em mim, como ele ainda permanece.
Sem vos esquecer. Sem dele me esquecer.

Já perguntei!

What you sould be doing? A questão é se encontrei a resposta. Tem dias que acho que sim, tem outros que acho não, e acabo a fazer a cama na encruzilhada, chamando casa a este lugar..Ignorando a pergunta, a resposta, e a decisão que tenho que tomar

quarta-feira, julho 02, 2008

"... Vê lá tu se te cumpres!"

Agarrado pelo Cachaço

"...Uma coisa na vida que nunca sabemos é se uma coisa parece ou é..."

Prof Agostinho da Silva, Conversas Vadias (aqui)

terça-feira, julho 01, 2008

É desta?


Aulas de surf na Praia da Cornélia: Fazer -me ao mar, regularmente, é um desejo de há muito. Será desta?

segunda-feira, junho 30, 2008

Fado do Quas'engano

Não foi ao engano mas quase. Já tinhamos tentado lá ir, ao acaso na altura, passavamos na rua, procuravamos um restaurante e ficamos curiosos... estava cheio, ficava para outra altura, que acabou por ser na sexta feira: Dos reviews vistos na net, esperavamos pouco da comida e muito do fado... parece que canta lá uma tal de Carminho, uma nova voz do fado, 22 anos de alma fadista.

Perdido em Alfama o Mesa de Frades, podia ser um grande restaurante, instalado numa pequena capela ( a antiga capela da Quinta da Dona Rosa), quem serve já não vem trajado a rigor, e nas especialidades já não há arroz de cabidela, antes o que se serve não acrescenta nada ao normal prato do dia (para além do preço) em muitos snacks dessa Lisboa menina e moça, apesar da mesa repleta de entradas assim que se chega, mas para isso até iamos preparados.

No fundo iamos para ali também (ou sobretudo) pelo Fado, esperado para as 11h da noite, prometido para a Meia Noite (o guitarrista habitual estava com os diabetes a 600) e iniciado finalmente já depois da o1h... não fosse ter terminado 30 minutos depois, quando a Carminho ia começar a cantar, com uma invasão da policia a responder à queixa de um vizinho, e numa noite em que o Dono não estava presente e com ele estava a autorização para manter o estabelecimento aberto... dizia eu não fosse ter terminado 30 minutos depois e a espera de mais de 2 horas pelo fado teria valido a pena, pelo Pedro Moutinho e sobretudo pelo Ângelo, o guitarrista substituto, com cara de puto e virtuosismo nas mãos.

Hei de voltar, havemos de lá ir, já não jantar, mas mais tarde apenas para um copo e fado... pode ser que nessa noite este se prolongue, a Carminho Cante e o Ângelo continue a tocar.

Pode ser que nessa noite não seja noite de quas'engano

sexta-feira, junho 27, 2008

Ainda sobre os The Savages

Cuidar dos nossos (e para terminar o post anterior sobre o filme e o que ele me fez pensar), cuidar dos nossos... daqueles que cuidaram (ou não) de nós ou dos nossos. Dois excelentes videos

Friends for life aqui

e The Sandwich Generation aqui

foi deste último que retirei estas citações:

"on a selfish level I’ve had very mixed feelings about Herb moving in with us. On that level of where you just have to do what you have to do and it doesn’t matter how it inconveniences you or how it changes your life, you just have to do it, there’s no question."

"Herb has gone into a free fall since he went into the hospital. It is very clear that the hospital does not actually really care about him. He’s very low priority because of his age, because of his condition. It’s become startlingly clear to me. All I’m thinking is get him home, get him around loved ones, make sure he eats, make sure he’s simulated. Who cares what the diagnosis is? "

"ou know, I just – I don’t know how long we will be able to handle it at home, quite honestly. I don’t know how we’re going to function, and you know, maintain our lives, you know, as he slips."

"I can totally respect and appreciate anybody who says, I don’t want to have my parent come live with me because I couldn’t handle it. I understand that. There are days where I feel that way. kind of wish this problem would just go away. "

Por cá - Este Fime não passou no Cinema

parece que foi esquecido... mas quando o descobri no blog do Markl pedi ao Tiago se o tinha...

Já o vi, e ele adiantou-se ao post que pensei escrever... falo do The Savages, segundo o que vi escrito, um filme sobre uma familia disfuncional: Um casal de irmãos abandonados na adolescência pelo pai e logo de seguida pela mãe, vêem-se obrigado a lidar com a velhice e demência do pai ao mesmo tempo que enfrentam as disfuncionalidades das suas vidas pessoais, os sonhos adiados, as relações complexas, as frustrações, invejas e tudo aquilo que faz parte do quotidiano de todos nós...



"Acima de tudo, é um filme sobre pessoas que querem ser melhores." Sim talvez seja também isso... a mim prendeu-me ao ecrán, entre algumas gargalhadas e momentos pesados de encontro ao espelho.

Aterroriza-me a velhice, mais do que a minha a dos meus: Vi em pessoas próximas o peso que a Velhice pode representar, entre o desejo de lhes dar o melhor e a frustração de não ser capaz porque não sabemos, não podemos, não encontramos. Temo pelos meus avós à medida que os vou vendo perder faculdades... no filme vi esse medo ao espelho, as diferentes formas de lidar com ele...

(post incompleto...)

quinta-feira, junho 26, 2008

Also Playing

As ventoinhas parecem poucas para arrefecer o calor, e os dias custam a levar para a frente.... vale-me alguma da música a tocar no meu ITunes:

Banda Sonora do Juno, um excelente filme e uma excelente banda sonora.



Our ill wills, o último disco dos Shout Out Loud, os responsáveis pela música das últimas campanhas da Optimus

quarta-feira, junho 25, 2008

People are constantly asking you to tell them how you're doing. How the hell are you supposed to know?

Grey's Anatomy Season4 Episode16

terça-feira, junho 24, 2008

Este video não passa na TV

Espalhados no cyberespaço acessiveis a milhões mas longe do mass market estão fantásticas iniciativas de exploração de multimedia.

Descobri recentemente duas que me deixaram fascinado e que logo coloquei nos bookmarks

O Screening Room do Youtube
onde se encontram excelentes curtas em exibição e les concerts a emporter da Blogotheque ou take away shows: uma série de pequenos concertos (quase 100, muitos de rua) excelentemente filmados e sonorizados, de fantásticos músicos e bandas entre os quais os Beirut, REM, Arcade Fire ou os The Shins.

Aqui fica o exemplo dos Arcade Fire com Neon Bible no elevador e wake up no meio do público na abertura do concerto no olympia em Paris

Esta música não passa na Rádio

Descobri Beirut quando ele escreveu aqui uma lista de músicas que Elvis ouviria se fosse vivo. De uma excelente compilação, procurei aqueles que não conhecia e deles fiquei fã à primeira nota... acompanham-me as tardes quentes (em que permaneço na cave a esforçar-me por fechar propostas) que me trazem desejos de brisa do mar, alguns sorrisos de domingo e um último copo para o caminho

SUNDAY SMILE


UN DERNIER VERRE

segunda-feira, junho 23, 2008

A prova da mentira ou a mentira da prova

Confesso que não sei porque compro jornais desportivos.
Leio apenas os titulos, as gordas em cada página mas todo o santo fds lá estou eu a comprar a Bola (que no record escreve aquele senhor de cabelo encaracolado e seboso que diz que eu, como o resto dos portugueses, tenho que me capacitar, e eu cá não me capacito)...

Há uma altura em que estou especialmente atento aos jornais desportivos, a chamada pré-época: Todos os dias há novidades, grandes e pequenos génios da bola que vêm para o meu clube de coração, análises de perfil para futuros seleccionadores, contratos que estão por horas, e uma fértil imaginação que irá ajudar comentadores durante toda a próxima época a avaliar as forças e fraquezas do que é o plantel e do que teria sido fossem concretizadas todas as contratações que eles anunciaram e que só não se fizeram porque alguém não gostou que eles falassem.

Há um campo especialmente fértil neste mundo imaginario dos jornais desportivos: O SL Benfica - jogadores que já assinaram mas que afinal não vem como eles já tinham anunciado antes de anunciarem que afinal vinham ou ficavam... confuso? Deixem dar o exemplo: cebola é um jovem jogador uruguaio que jogou no SLB o ano passado e que em meados da época começou a ser falado (segundo os jornais desportivos) para ir para o Porto, afinal no final da época ia ficar no Benfica (como foi anunciado pelos jornais desportivos), sendo que acabou por ir para o Porto (como os jornais desportivos já tinham previsto em Março) ou seja independentemente da mentira (ou verdade?!?) criada anteriormente, perante um facto existe sempre a prova de que eles já o tinham anunciado antes de acontecer...

Em Seco

Engolir em seco.
Deixar passar o Sapo e calar
Esperar outros dias.... calma, penso.... muita calma, rio
Outros dias virão

sexta-feira, junho 20, 2008

A Sorte, o Talento e o Trabalho de Casa

Desde que o Euro começou dediquei-me (em dias de jogos) e beber sorte em garrafas de mini para equilibrar o talento que acreditava ver na nossa selecção.

Ontem nem as 8 doses de sorte, 1 de talento e outras da "provavelmente melhor cerveja do mundo" serviram para evitar a falta que fez fazer o trabalho de casa.

Foi esta a grande diferença face aos alemães: Para lá da altura, da força física, da (falsa) humildadade estava sobretudo uma lição muito bem estudada e que sabia que na baliza de portugal estava um guarda redes a precisar "urgentemente de uma festa de despedida" como dizia hoje na TSF o Ferreira Fernandes, e um lateral esquerdo mal adaptado que mesmo à direita tem sido muitas vezes o nosso enterra.



Fotografia tirada do Record: Ricardo fecha os olhos, encolhe-se e espera que Ballak não o empurre como fez ao Paulo Ferreira

quarta-feira, junho 18, 2008

A história ao vivo

Regresso

Estive para marcar este regresso com o relato do buraco que se abriu em Kona, aldeia na India, e que era ontem contada no DN.

Preferi no entanto dar nota da excelente voz de Brandie Carlile que canta a musica que dá som ao novo anúncio da Superbock e que reza assim:

The Story

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do
I was made for you
You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Vegetais na Sopa

Ontem fui à apresentação das novas sopas frescas Knorr ao CCB com um espectáculo pela 1st Vienna Vegetable Orchestra.

Além das ditas sopas (só provei espargos, mas acho que a de cogumelos é que era a boa), dos vips (chiquititas e afins) tivemos isto:



Confesso que não ficando fã, achei um interessante exercicio criativo: Solos de Bringela, trios de couve e lombardo e um som quase sempre ruido mas que às vezes conseguia ser uma batida interessante.

Mais sobre eles aqui

PS: as sopas estão à venda nas grandes superficies por este país fora

terça-feira, janeiro 22, 2008

Resultados em directo(live results)

Orcamento aprovado por cansaco... Por unanimidade. Passamos à discussão sobre a zona verde por detrás do prédio que è nosso e não da câmara... Vamos discutir se empredamos ou arranjamos o jardim... Umhh promete ser uma boa discussão, vamos ter espetáculo...

em directo(ainda)

Não sei as horas. Sei que é tarde para ainda estar em directo mas aqui estou, ainda em reuniãao de comdominio a escrever no telemóvel enquanto a discussão sobre onde colocar o valor x se na rúbrica z ou y se arrasta à uns bons 10 min. Upps vamos votar o orcamento...è já a seguir ao comenttário do vizinho ali do 1d

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Em directo

Estou na reuniao de condominio. Em directo. A situacao e a seguinte : ninguem quer secretariar. Há candidatos nesse lado?

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Filosofias(4)

"Be without fear in the face of your enemies. Safeguard the helpless. Never lie, even if it leads to your death; that is your oath."

Balian of Ebelin, Kingdom of Heaven