quarta-feira, dezembro 19, 2007

Expressões de Natal

"Um Café e um sonho se faz favor!"

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Hoje: Ontem Amanhã

"Estás a olhar para ontem, idiota?

E é verdade, estou a olhar para ontem, sempre olhei para ontem. Até o amanhã é ontem às vezes."

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Sobre a Memória

" (...) it is forgetting, not remembering, that is the essence of what makes us human".

"(...)
And since he forgets that he always forgets, every lost thought seems like just a casual slip—an annoyance and nothing more—the same way it would to you or me.(...)"

Excertos de um excelente artigo que ele me sugeriu e que pode ser lido aqui...

Porreiro pá!

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Mudança de Paradigma

Como tão pouco pode tão facilmente mudar um paradigma tão estabelecido como é o do taxista.

O novo taxista de Lisboa - Aqui

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Lembranças ou aprendendo a ser resiliente

Pedras no caminho

"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."

Fernando Pessoa


Foto por Filomena Chito retirada daqui

Aprender a ser Resiliente

Tenho que aprender a lidar com as adversidades. Sou rapido a reagir sob pressão, a encontrar uma solução para um problema em que a urgência apela a um sentido práctico, mas prendo-me na teia dos problemas que não tem solução. Bloqueio perante a frustração de não encontrar a solução e fico ali a dar cabeçadas sem fim na parede.

Nos últimos 60 dias (nas cobranças contamos os dias sobre a data das facturas e assim tem sido estes últimos 2 meses) tenho tentado sem sucesso cobrar 4 dívidas de 4 clientes diferentes. Fico preso na resposta que não chega., do dia específico para falar com os pagamentos, da estratégia de recebimento, do cheque que foi enviado mas afinal não foi, do cão que não deixa o carteiro distribuir o correio e assim confirmar o envio / recebimento do cheque, do cliente que ainda não recebeu e que vai pagar já na proxima semana, do outro que dá uma resposta hoje num hoje que se prolonga por muitos e vários dias e blablablalblalablala blalalblala....

tenho que aprender a ser resiliente :)

terça-feira, dezembro 04, 2007

Volta e Meia...

... passo por cá e deixo um post(a). normalmente quando estou mais melacólico, é nestas alturas volta e meia que me dá para escrever, palavras feiras desabafo... em vez de feitas escrevi feiras... deixo ficar... quem lê?

Eu leio, volta e meia, quase sempre,todos os dias, alguns (poucos) blogues.

Descubro nas palavras de outros espelhos, sorrisos, beleza, saudade, sonho e assim afasto a melancolia. Normalmente, quase sempre, não conheço quem escreve... gosto disso (também).

Retiro dessas leituras, frases, expressões, que guardo escritos num lugar qualquer cá dentro como esta que hoje li aqui:

."..há quem seja solitário, mas também há quem traga solidão."

Guardei, para lembrar (volta e meia) num dia de melancolia.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Ainda

Ainda não é tempo.
Não Agora.
Mais tarde talvez ( quando tudo fôr diferente e o sabor fôr outro).
Agora Não.
Não é tempo. Ainda.

(É isso aí. Há quem acredite em milagres. E eu não sei parar...)

Sabores

Hoje sabe-me a boca a fado.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Planos

"The thing about plans is they don't take into account the unexpected, so when we're thrown a curve ball, whether its in the O.R. or in life, we have to improvise. Of course, some of us are better at it than others. Some of us just have to move on to plan B, and make the best of it. And sometimes what we want is exactly what we need. But sometimes, sometimes what we need is a new plan."

Grey's Anatomy

quarta-feira, outubro 31, 2007

Filosofias(3)

"(...)
Falamos de dança, mas não dançamos.
Falamos de verdade, mas não a pomos em práctica.
Dizemos tudo o que há a dizer sobre o amor, mas não amamos.
Servimos de guia aos visitantes do Templo, mas não rezamos.
Comentamos a Biblia, mas não a lemos.
Achamos fundamental o serviço, mas não servimos.
Explicamos, justificamos, criticamos, analisamos,
mas não nos metermos dentro, nunca falamos a partir
de dentro, do lugar onde as coisas verdadeiramente acontecem.
(...)
"

segunda-feira, outubro 29, 2007

A vida: Dia-a Dia

Dá-nos Senhor, a coragem dos recomeços.
Mesmo nos dias quebrados faz-nos descobrir limiares límpidos.
Não nos deixes acomodar ao saber daquilo que foi:
dá-nos largueza de coração para abraçar aquilo que é.
Afasta-nos do repetido, do juízo mecânico que banaliza a história,
pois a desventra de qualquer surpresa e esperança.
Torna-nos atónitos como os seres que florescem.
Torna-nos inacabados como quem
precisa e deseja e antecipa um amanhã.
Torna-nos confiantes como os que
se atrevem a olhar tudo, e a si mesmos,
com o encanto e a disponibilidade de uma primeira vez.

José Tolentino de Mendonça, dia a dia

Saborear a Vida

"Bom é o sal; mas se o sal se tornar insípido, com que se o há de salgar?"

Lucas 14:34

terça-feira, outubro 23, 2007

Era não chegou a ser mas foi

Estive para escrever um post sobre a Amiga Olga. Lembram.se? O programa do inicio da TVI, em que o público gritava: achabe, o dinheiero, não achabe...

Vinha este post a propósito de uma chave (que perdi) e do dinheiro (que custa mudar o canhão da fechadura). A forma como a perdi (àchabe) foi curiosa pois no momento em que a coloquei no tejadilho do carro eu avisei-me mentalmente que a ia perder e dessa forma eu posso chatear-me a mim mesmo dizendo: "Eu bem te avisei!"

Estive para escrever um post sobre a amiga olga fazendo um trocadilho entre a chave e o dinheiro e que bom que era se eu pudesse ao menos ter um deles (a chave ou o dinheiro indiferentemente, teria sempre a ajuda do público para escolher)

Estive para o escrever, mas não o fiz e assim ficou um post: Não como era para ser, já que não chegou a sê-lo, mas antes como foi - assim.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Contra Baixo

De todos os instrumentos, o meu favorito é o contrabaixo.
Descobri-o no fado, num concerto de Camané no CCB. Apaixonei-me por ele no Tango.
É o mais discreto dos instrumentos, apesar do seu tamanho, do seu peso, da gravidade do seu som.
Recusa sempre, quase sempre, o papel principal, mas nele repousam todas as grandes interpretações (nos óscares ganharia certamente o de "best performance in a supporting role"), é ele que marca o ritmo, o compasso, o sentimento.
Ás vezes distraidos ignoramos a sua presença, mas ele está lá, sempre lá na sua omnipresença.
Noutras aparece. Destacado. Ousado e os outros seguem, algo timidos perante aquela presença marcante

sexta-feira, outubro 19, 2007

Starting Point

89.2 / 27.8 medidos ás 10:40 minutos logo a seguir ao PA.

Com uma firme determinação traço os objectivos a atingir até ao fim de Novembro: 80.0 / 24.9 - o ponto em que deixo de estar na categoria do excesso de peso.

Pelo meio uma aposta com este aqui para ver quem atinge os melhores resultados durante o mês de Novembro.

Para comemorar o inicio do percurso vou almoçar ao Painel de Alcântara com o exemplo a seguir, para apenas comer 3/4 da minha vontade.

terça-feira, outubro 16, 2007

"Se puderes olhar vê, Se puderes ver repara"

O "Ensaio sobre a Cegueira" vai passar a filme.

Realizado por Fernando Meireles (o mesmo de "o fiel jardineiro" e "A Cidade de Deus"), somos convidados a acompanhar o processo de realização (do guião às filmagens) no blog do realizador.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Um ano depois...

A minha filha fez ontem um ano. Mãe e Pai tiraram o dia inteiro para mimos e brincadeiras que incluiram um passeio ao oceanário (onde o que ela mais gostou foram os candeiros imbutidos no chão), uma aula de sobrevivência na água e um fim de dia com avós e tios...

(a foto será colocda em breve quando o blogger deixar :( )


terça-feira, outubro 09, 2007

Aprender novas palavras (1)

Para dar inicio a uma série de post que ilustram que eu pouco ou nada sei mais que um miúdo de 10 anos, aqui fica uma nova palavra:

Procrastinar, do latim procrastinatus: pro- (passar, transmitir) and crastinus (de amanhã) - parece que tenho caido um pouco nessa tendência, o que segundo a wikipedia é mau, mas segundo este outro artigo até pode ser bom.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Sentido da Vida (1)

"Most are engaged in business the greater part of their lives, because the soul abhors a vacuum and they have not discovered any continuous employment for man's nobler faculties."
Henry David Thoreau


A Vida e a Morte

Tenho pensado na Morte.

Nada de depressivo ou triste, apenas consequência de uma série de acontecimentos que nela me fizeram pensar: A leitura de "todo o mundo" de Phillip Roth; a entrevista de Lobo Antunes - " A Morte é uma puta e a uma puta não se dá confiança"; e a morte do avô da Marta há cerca de uma semana - morte esperada mas que ainda (e sempre) nos apanhou de surpresa.

Tenho pensado Nela como (inevitável) ponto de chegada, revisto mentalmente o muitas vezes repetido exercicio de imaginar o nosso funeral, quem lá estaria, o que diram de mim, de que se ririam aqueles que ficaram à porta no velório (há sempre gente que fica à porta, há sempre risos até num velório).

Tenho pensado Nela, pensando no que deixarei e no que levarei na hora em que Ela chegar , naquilo que que vou construindo enquanto para Ela caminho, no que perco e deixo para trás ao longo desse caminho, no que agarro e comigo carrego, nas porta e janelas que ora abro ora fecho ao sabor das minhas (in)decisões.

Tenho pensado Nela pensado na Vida, Naquilo que define o que tem sido a minha: Alegrias e equivocos, esperanças e desilusões, trajectos por mim escolhidos ou desenhados por Deus (?).

Tenho pensado na Morte. Fixo a memória em imagens passadas: A multidão (ou assim a senti) no funeral do meu Pai, as cinzas deitadas ao mar, o cheiro quente demasiadamente doce da sala mortuária no velório do Avô da Marta, a dificuldade em encontrar palavras para exprimir pesar e dor sempre que Ela aparece.

Tenho pensado na Morte, nos seus rituais em como esquecemos ali A Vida e então celebramos a Morte.

Tenho pensado na Morte, na minha Morte, e quando esta chegar peço-vos:

abram uma garrafa de vinho, aquela que tem guardada para uma ocasiao especial e brindem à vida, chamem guitarras e cantem um fado, sentem-se à mesa e comam e riam, contando histórias e partilhando alegrias e depois larguem-me as cinzas num mar frio e com ondas devolvendo-me a Deus.

Inquietação

Ontem à noite esta música de José Mário Branco a fechar a série "conta-me como foi" na RTP (série brilhante feita em Portugal)... Encontrei a letra e uma versão ao vivo na Fnac pelo JP Simões.

Inquietação

A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes

São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas

Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho

Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda

quinta-feira, outubro 04, 2007

Conversas à volta de um Copo de Vinho (2)

Miles Raymond: What about you?
Maya: What about me?
Miles Raymond: I don't know. Why are you into wine?
Maya: Oh I... I think I... I originally got in to wine through my ex-husband.
Miles Raymond: Ah.
Maya: You know, he had this big, sort of show-off cellar, you know.
Miles Raymond: Right.
Maya: But then I discovered that I had a really sharp palate.
Miles Raymond: Uh-huh.
Maya: And the more I drank, the more I liked what it made me think about.
Miles Raymond: Like what?
Maya: Like what a fraud he was.
[Miles laughs softly]
Maya: No, I- I like to think about the life of wine.
Miles Raymond: Yeah.
Maya: How it's a living thing. I like to think about what was going on the year the grapes were growing; how the sun was shining; if it rained. I like to think about all the people who tended and picked the grapes. And if it's an old wine, how many of them must be dead by now. I like how wine continues to evolve, like if I opened a bottle of wine today it would taste different than if I'd opened it on any other day, because a bottle of wine is actually alive. And it's constantly evolving and gaining complexity. That is, until it peaks, like your '61. And then it begins its steady, inevitable decline.
Miles Raymond: Hmm.
Maya: And it tastes so fucking good.

Sideways 2004

Conversas à volta de um Copo de Vinho




Maya
: You know, can I ask you a personal question, Miles?
Miles Raymond: Sure.
Maya: Why are you so in to Pinot?
Miles Raymond: [laughs softly]
Maya: I mean, it's like a thing with you.
Miles Raymond: [continues laughing softly]
Miles Raymond: Uh, I don't know, I don't know. Um, it's a hard grape to grow, as you know. Right? It's uh, it's thin-skinned, temperamental, ripens early. It's, you know, it's not a survivor like Cabernet, which can just grow anywhere and uh, thrive even when it's neglected. No, Pinot needs constant care and attention. You know? And in fact it can only grow in these really specific, little, tucked away corners of the world. And, and only the most patient and nurturing of growers can do it, really. Only somebody who really takes the time to understand Pinot's potential can then coax it into its fullest expression. Then, I mean, oh its flavors, they're just the most haunting and brilliant and thrilling and subtle and... ancient on the planet.

Sideways 2004

Sobre o Fado

"...
Ouvindo-a sou quem seria
Se desejar fosse ser…
É uma simples melodia
Das que se aprendem a viver…
...
"

"Há uma Música do Povo" - Fernando Pessoa

terça-feira, setembro 11, 2007

Step By Step

Tenho resistido a falar aqui da Francisca e das sua descobertas. Mas a minha filha faz hoje 11 meses, e entre a primeira aula de natação, desculpem, sobrevivência na Água e os primeiros passos sozinha que deu este fim de semana, tenho encontrado nela muita inspiração..

Vencido o medo, conquistado o equilibrio em pequenos passos atrás do Doodoo ora no colo da mãe, ora no colo do Pai a Francisca começou a andar sozinha este Fim de Semana.

Sempre que se ultrapassa, ela olha para trás, como que a decorar e a beber cada passo no seu novo sucesso - 3 passos, 10 passos, 22 passos, 50 passos , depois celebra com um sorriso e um grito de exultação.

São pequenas conquistas de hoje que daqui a dias - perante os degraus, os muros, os outros meninos e meninas - terão perdido o seu significado - mas que hoje ao vê-la celebrar me apetece guardar para todo o sempre.

quinta-feira, setembro 06, 2007

A time to dare

Quando em 94 fui à minha primeira reunião internacional da AIESEC, recebi um welcome booklet que tinha nas páginas centrais um texto/poema.

"if there ever was a time to Dare, to make a difference" começava o texto, e o resto das palavras serviam de inspiração para quem na altura "era jovem e tinha sonhos" de mudar o mundo....

Hoje os sonhos tomaram outras formas, procuro (nem sempre consigo) fazer a diferença em cada dia, em cada pequena acção, mas mesmo assim as palavras abaixo continuam a servir de inspiração.... perdido que estava o booklet, encontrei-as de novo (Thank you Google) e aqui as deixo:

"Dream Big"

If there were ever a time to dare,
to make a difference,
to embark on something new,
it is now.
Not for any grand cause, necessarily—
but for something that tugs at your heart,
something that’s your aspiration,
something that’s your dream.

You owe it to yourself to make your days here count.
Have fun.
Dig deep.
Stretch.

Dream big.

Know, though, that things worth doing seldom come easy.
There will be good days.
And there will be bad days.
There will be times when you want to turn around,
pack it up, and call it quits.
Those times tell you that you are pushing yourself,
that you are not afraid to learn by trying.

Persist.

Because with an idea,
determination, and the right tools,
you can do great things.
Let your instincts,
your intellect,
and your heart guide you.

Trust.

Believe in the incredible power of the human mind.
|Of doing something that makes a difference.
Of working hard.
Of laughing and hoping.
Of lazy afternoons.
Of lasting friends.
Of all the things that will cross your path this year.

The start of something new brings the hope of something great.
Anything is possible.
There is only one you.
And you will pass this way only once.

Do it right.

Dream Big
Autor: Desconhecido

quarta-feira, setembro 05, 2007

Dedicado aqueles que ficam na história da minha História

Ainda a propósito de Fado e Poesia, ao vivo em Lisboa na voz de Mariza e nas palavras de Jorge Fernando, aqui fica ...

dedicado a todos os que retiram o vulgar dos meus dias, em palavras que eu não conseguiria escrever, mas que ao ler me recordam cada um de vocés...

"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
(...)"

O Fado também se dança, o Fado também se diz.

Tango, Fado e Poesia... Cada um por si, um apelo às emoções. Juntos uma mistura explosiva, electrcidade à solta.

Gosto de Fado. De fechar os olhos e me deixar levar pelo chorar da guitarra pelos detalhes da voz. Gosto do Fado triste, nostálgico, espelho dos dias. Gosto também daquele que corre, que conta, que se alegra. Gosto do Fado

Gosto da poesia e dos poetas. Da sua capacidade de dizer o que me (lhes) (nos) vai na alma de uma forma única. Gosto de encontrar nas palavras tudo aquilo que (tantas) vezes não consigo expressar.

Gosto de ouvir e dançar o Tango (e com esta afirmação não me escapo às aulas este ano). Gosto do som do bandaleon, da forma como permanece. Gosto do contrabaixo e do peso que dá ao ritmo. Gosto das emoções contidas e ao mesmo tempo expostas na dança.

Aqui vos deixo: Fado, Poesia e Tango, na voz de Camané, nas palavras de Fernando Pessoa e nos passos de Juan e Graciana. Silêncio que se vai cantar o Fado, dizer Poesia e dançar o Tango...

terça-feira, setembro 04, 2007

Fabrico Próprio - Aventuras e Desventuras no reino das pastelarias em Portugal

Dando seguimento a uma problemática brilhantemente narrada aqui pelo Tiago, venho ilustrar a minha preocupação pelo tratamento dado ao Salgado em tantas pastelarias de Fabrico Próprio em Portugal.

Ainda a semana passada, com alguma larica a pedir consolo, parei o carro (sim que a busca do salgado não se faz a pé) a porta de uma excelente pastelaria em Cascais, entrei, olhei a vitrine, e pedi - Uma empada e um café...

Reparem aqui que eu fiz a ressalva - uma excelente pastelaria, daquelas de fabrico próprio, vitrine imponente a despertar desejos doces e salgados. Não fora, por isso, uma escolha cega, já lá antes tinha parado, comido e saido a maior parte das vezes satisfeito, factos que, aliados à sensação de vazio no estomâgo, só me aumentavam a expectativa.

Feita a ressalva prossigo com o relato... ali em pé, ao balcão, aguardei o meu pedido. Coloquei açucar no cáfe, mexi-o meio perdido nos meus pensamentos e distraidamente trinquei a empada e.... OHHH SACRILÉGIO... a massa (folhada no caso) apresentava-se seca, não estaladiça... o recheio (escasso) podia ser frango ou vitela tão incipiente se revelava... é verdade que comi e calei, paguei os 1,65€ que me pediram por café e salgado e sai incomodado com o sabor que trazia na boca...

O Alerta do Tiago faz por isso todo o sentido... onde andam os croquetes e rissois, cadê o bacalhau dos pasteis, bola de carne quem a vê e a bela da empada onde pára... quem os trocou por pré congelados mistos de espinafres e queijo, mini quiches, e merendas... dura é a vida de um salgado no reino das pastelarias em Portugal.

O tempo que o Tempo tem

"Time waits for no man. Time heals all wounds. All any of us can wants, is more time. Time to stand up. Time to grow up. Time to let go."

Meredith, Grey's Anatomy


Longe vai o tempo de lengalenga, do Tempo perguntar ao Tempo quanto tempo o Tempo tem.
Longe vai o tempo em que o Tempo respondia ao Tempo que o Tempo tem tanto tempo quanto tempo o Tempo tem.

Prisioneiros do Tempo, a correr contra Ele (o Tempo), em busca de mais e mais (tempo), sem tempo para olhar, parar, disfrutar... até aquele dia em que ele (o Tempo) nos diz que não, mais não, está-se a acabar (o tempo). Ai olhamos nostálgicos para o outro (tempo), o que já passou, o que já não vem, e perguntamo-nos o que fizemos dele (o Tempo).

Vem isto a propósito de uma noticia que li ou de uma experiência que já vivi por intermédio de outra pessoa. O momento ou o segundo em que o nosso tempo pára (e esse outro Tempo, indiferente, continua a correr), e tudo muda.

Vem isto a propósito de uma pergunta que não me sai da cabeça: O que ando eu a fazer do meu Tempo? para onde caminham as minhas Horas?

... o tempo chama! já perdi demasiado (tempo) com este post... Será que ainda vou a tempo de ganhar o dia?


segunda-feira, setembro 03, 2007

Energias Renováveis

Esgotado! Segunda Feira. Setembro a começar, e sinto-me sem energia. Ando em contra ciclo, passando a semana a ganhar (procurar) energia e chego a Domingo já sem ela.

Onde estão fontes de energia renovável. Preciso de vento ou mar, sol ou milho que me façam correr...

sexta-feira, agosto 31, 2007

(im)paciências

"Sometimes the greatest journey is the distance between two people"



Devia esperar. Devia terminar a leitura, fechar o livro e então sim ver o filme.
Infelizmente não vai aconteçer.
Programa para a noite de hoje: "The painted veil" adaptado do romance de Sommerset Maugham. A Marta já leu o livro e diz que é imperdivel. Eu tenho-o guardado para a viagem a Marrakesh. Para já fico com o filme. Espero que não me estrague o livro.

quinta-feira, agosto 30, 2007

O Milagre do Fogo (que não aconteceu)

30 Agosto de 2003. Não estava no Hospital quando partiste. Ligaram-me. Tinha ido a casa preparar a tua roupa. Hesitei entre ir-me despedir de ti ao Guincho ou correr para o Hospital. No meio da encruzilhada, da dúvida, o telefonema - Vem!!! - Disseram-me então. Não recordo nada do caminho, recordo um último abraço no teu corpo que já arrefecia, uma angústia no peito que teima (ainda) em permanecer. A saudade física e eterna que se instalou.

Retenho o verso de Tolentino que li (e reli, e reli)... aqui em tua memória...

(...)
há quem diga
a vida é um pau de fósforo

escasso demais

para o milagre do fogo

(...)

quarta-feira, agosto 29, 2007

Os amores de rua, a Raposa e o Principe que a Cativou

A propósito da morte de Francisco Umbral, a TSF repetiu ontem a entrevista Pessoal e Transmisivel com o Autor e Jornalista... do diálogo interessante retive a frase " Busco el amor por las Calles..."

O Amor nas Ruas, esclarecido pelo autor, como aquele que passa, que observamos, que encontramos está brilhantemente exibido no inicio do filme Closer, uma das melhores aberturas de filme que vi no cinema.




O Amor das Ruas, da mulher que passa, da luz do fim do dia, do encantamento momentaneo é o oposto do Amor Cativo, que se constroi, que se escolhe e que é maravilhosamente ilustrado no dialogo da Raposa e do Principe.

Num e noutro a certeza: "Que não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure"

quinta-feira, agosto 23, 2007

Ficar Só

Abro aqui este post só para fazer referência a este texto e foto tirados daqui.

A foto mostra o momento pós comemoração do 2º golo ao FC Copenhaga, o texto centra-se no olhar do Maestro - Rui Costa

" (...)
Esta expressão grave, de dentes cerrados, revela um jogador ferido que foi obrigado a recuperar o brilho fazendo extraordinariamente bem aquilo que sempre soube fazer bem, ultrapassando-se.
Este rosto ainda queimado pelo sol das férias relembra a parangona que diz “quem sabe nunca esquece”, ainda que nos pés venha ainda colada alguma areia fina das praias do Algarve.
Esta cara de alegria travada, de alegria que parou antes de chegar à garganta, mostra um jogador renascido e de novo amado por aquilo que é e por aquilo que sabe fazer, sem grandes piruetas nem mortais à retaguarda.
Esta cara tem um olhar incerto, abstracto, para lá do círculo do estádio. É um olhar perdido de alguém que foi reencontrado por milhares em êxtase à sua volta, por milhões a olhar para si.
Esta cara é quase a ausência de emoção no meio do turbilhão de emoções que rebentam depois da bola entrar na baliza. É também uma cara de pequena vingança para quem menosprezou, espezinhou e foi malcriado. É a cara de um homem que, num momento de comunhão e adrenalina total, quis ficar só. Como quem enfrenta a besta sem gritar pela 7ª Companhia.
(...) "

Vinícius de Moraes - Soneto de Fidelidade

Como prometido, aqui fica o dito embora não no La FUSA

Soneto da fidelidade

O Poema fez parte da missa do meu casamento.

É um dos mais belos textos de Vinicius de Moraes, boémio e apaixonado poeta e músico Brasileiro. No disco "Ao vivo em La Fusa" com Maria Creuza e Toquinho, Vinicius diz este poema entre a música "eu sei que vou te amar" ... a voz, e o poema ficaram para sempre marcados na minha memória (e todo o disco vale a pena).

Aqui fica o Poema e já a seguir na voz de Vinicius.

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Os loucos de Lisboa

Caminha decidido rua acima, caminha ignorando os carros em direcção oposta, eles que se desviem, eles que deixem passar a sua loucura.

Encontro-o recorrentemente no café, cigarro entre os dedos. Ou caminhando, sempre caminhando, passo lento, lento mas decidido, gabardine de cabedal em pleno verão, óculos que lhe escondem a loucura nos olhos, posse de Lone Ranger, justiceiro só e louco.

Dele sei pouco, o nome que lhe oiço no café - João, Sr. João, que até louco merece respeito. Nada mais, tudo o resto é loucura, assumida e vivida, indiferente à outra loucura que o rodeia, à que caminha apressada, aos carros que fogem em direcção a uma rotina, único escape da loucura.

Ao vê-lo, fico sempre com a pergunta: Que passo me separa deste Homem, o que me (nos) mantém a salvo da loucura, desta loucura...

terça-feira, agosto 21, 2007

Purga II

Lisbon Revisited
por Álvaro de Campos

NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

Purga

Nada como Álvaro Campos para expurgar esta falta de vontade, este outono dentro de mim.

Vilegiatura
O sossego da noite, na vilegiatura no alto;
O sossego, que mais aprofunda
O ladrar esparso dos cães de guarda na noite;
O silêncio, que mais se acentua,
Porque zumbe ou murmura uma coisa nenhuma no escuro ...
Ah, a opressão de tudo isto!
Oprime como ser feliz!
Que vida idílica, se fosse outra pessoa que a tivesse
Com o zumbido ou murmúrio monótono de nada
Sob o céu sardento de estrelas,
Com o ladrar dos cães polvilhando o sossego de tudo!

Vim para aqui repousar,
Mas esqueci-me de me deixar lá em casa,
Trouxe comigo o espinho essencial de ser consciente,
A vaga náusea, a doença incerta, de me sentir.

Sempre esta inquietação mordida aos bocados
Como pão ralo escuro, que se esfarela caindo.
Sempre este mal-estar tomado aos maus haustos
Como um vinho de bêbado quando nem a náusea obsta.

Sempre, sempre, sempre
Este defeito da circulação na própria alma,
Esta lipotimia das sensações,
Isto...

(Tuas mãos esguias, um pouco pálidas, um pouco minhas,
Estavam naquele dia quietas pelo teu regaço de sentada,
Como e onde a tesoira e o ideal de uma outra.
Cismavas, olhando-me, como se eu fosse o espaço.
Recordo para ter em que pensar, sem pensar.
De repente, num meio suspiro, interrompeste o que estavas sendo.
Olhaste conscientemente para mim, e disseste:
"Tenho pena que todos os dias não sejam assim" —
Assim, como aquele dia que não fora nada ...

Ah, não sabias,
Felizmente não sabias,
Que a pena é todos os dias serem assim, assim:
Que o mal é que, feliz ou infeliz,
A alma goza ou sofre o íntimo tédio de tudo,
Consciente ou inconscientemente,
Pensando ou por pensar
Que a pena é essa ...

Lembro fotograficamente as tuas mãos paradas,
Molemente estendidas.
Lembro-me, neste momento, mais delas do que de ti.
Que será feito de ti?
Sei que, no formidável algures da vida,
Casaste. Creio que és mãe. Deves ser feliz.
Por que o não haverias de ser?

Só por maldade...
Sim, seria injusto...
Injusto?

(Era um dia de sol pelos campos e eu dormitava, sorrindo.)
.......................................................................................................
A vida...
Branco ou tinto, é o mesmo: é para vomitar.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Sia - Breath Me 2

Breath Me

Agosto. E ela volta. A neura entenda-se. O peso em cada passo, a vontade que levo tempos a descobrir. Entro em modo de Outono em pleno Verão, e perco os dias qual folhas caducas...

Vale-me a banda sonora a condizer:

Sia- Breath Me

Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And, the worst part is there's no-one else to blame

Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me

Ouch I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found,
Yeah I think that I might break
I've lost myself again and I feel unsafe

Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me

quinta-feira, agosto 16, 2007

Em tempo de Homenagens (na 2)


Deixa ficar a flor,

A morte na gaveta,
O tempo no degrau.

Conheces o degrau
Depois do patamar;
O que range ao passares;
O que foi esconderijo
Do maço de cigarros
Fumados às escondidas...

Deixa ficar a flor.

E nem murmures. Deixa
O tempo no degrau,
A morte na gaveta.

Conheces a gaveta:
A primeira da esquerda,
Que se mantém fechada.
Quem atirou a chave
Pela janela fora?
Na batalha do ódio,
Destruam-se, fechados,
Sem tréguas, os retratos!

Deixa ficar a flor.

A flor? Não a conheces.
Bem sei. Nem eu . Nem niguém.

Deixa ficar a flor.

Não digas nada. Ouve.
Não ouves o degrau?

Quem sobe agora a escada?
Como vem devagar!
Tão devagar que sobe...

Não digas nada. Ouve:
É com certeza alguém,
Alguém que traz a chave.

Deixa ficar a flor.

David Mourão-Ferreira

sexta-feira, julho 20, 2007

Eco - Me

Este blog está sobre um fundo negro, contribundo dessa forma para poupar energia sempre que os 4 ou 5 visitantes diários por aqui passam.

Para saber mais sobre os efeitos de um ecrãn negro vejam aqui.

Para agir sobre este facto usem www.blackle.com

ou visitem este blog :)

O fio de um cabelo

"(...)
esta verdade quase banal
que toda a vida fui"


* Excerto de um poema que (hoje) me encontrou. O seu autor - José Tolentino Mendonça

Vou de férias nos próximos tempos pelo que não actualizarei esta verdade banal que por vezes (raramente) aqui ( vos ) trago.

terça-feira, julho 17, 2007

Filosofias (2)

Jack Bauer: Part of getting a second chance is taking responsibility for the mess you made in the first place.

24 Season 1

Filosofias

A couple of hundred years ago, Benjamin Franklin shared with the world the secret of his success. Never leave that till tomorrow, he said, which you can do today.

This is the man who discovered electricity. You think more people would listen to what he had to say.

I don't know why we put things off, but if I had to guess, I'd have to say it has a lot to do with fear.

Fear of failure, fear of rejection, sometimes the fear is just of making a decision, because what if you're wrong? What if you're making a mistake you can't undo?

The early bird catches the worm. A stitch in time saves nine. He who hesitates is lost. We can't pretend we hadn't been told.
We've all heard the proverbs, heard the philosophers, heard our grandparents warning us about wasted time, heard the damn poets urging us to seize the day.

Still sometimes we have to see for ourselves. We have to make our own mistakes. We have to learn our own lessons. We have to sweep today's possibility under tomorrow's rug until we can't anymore.

Until we finally understand for ourselves what Benjamin Franklin really meant. That knowing is better than wondering, that waking is better than sleeping, and even the biggest failure, even the worst, beat the hell out of never trying.

Greys Anatomy Season 1 Ep 7

sexta-feira, julho 13, 2007

A Vida é tão Rara (2)

A Vida é tão Rara

Encontrei a letra por aí, algures num outro Blog. Não andava à procura mas (hoje) fez-me sentido.

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara


segunda-feira, julho 09, 2007

Pledge

1.To demand that my country join an international treaty within the next 2 years that cuts global warming pollution by 90% in developed countries and by more than half worldwide in time for the next generation to inherit a healthy earth;
2.To take personal action to help solve the climate crisis by reducing my own CO2 pollution as much as I can and offsetting the rest to become "carbon neutral;"
3.To fight for a moratorium on the construction of any new generating facility that burns coal without the capacity to safely trap and store the CO2;
4.To work for a dramatic increase in the energy efficiency of my home, workplace, school, place of worship, and means of transportation;
5.To fight for laws and policies that expand the use of renewable energy sources and reduce dependence on oil and coal;
6.To plant new trees and to join with others in preserving and protecting forests; and,
7.To buy from businesses and support leaders who share my commitment to solving the climate crisis and building a sustainable, just, and prosperous world for the 21st century.

Live Earth

De todos os discursos do dia 7-7-7 gostei especialmente do inicio do 2º do AL Gore.

Falou ele de um provérbio africano que reza assim:

Se queres ir depressa vai sozinho
Se queres ir longe vai junto

Junto, nesse dia, e em jeito de tributo ao Live Earth, descemos as falésias perto do cabo espichel para disfrutar do melhor que este planeta tem para partilhar. As sardinhas do mar de Sesimbra, assadas na grelha. As cervejas refrescadas pelo frio da mesma água. A energia do Sol, das ondas e do vento retemperou as nossas forças.

No final deixamos tudo como encontramos. Para que as gerações futuras possam continuar a disfrutar.

segunda-feira, junho 25, 2007

4 x 365 Dias

Há 4 anos as nuvens não enchiam o céu como hoje.
Estavam lá presentes nas nossas consciências, mas o sol ainda brilhava.

foram dias de esperança: Tu parecias melhor, voltaras a sorrir e planeavas alegramente a noite de comemoração dos teus 60 anos. Foram dias felizes. Dias em que esquecemos as nuvens e deixamos o sol brilhar dentro de nós.

Em 4 anos muito mudou: Partistes... 60 e poucos dias depois partiste. Por cá ficaram o sol e as nuvens. Dias felizes e dias de saudades, e muitos, tantos dias de mudança... sem ti.

O show continuou, como tu virias a pedir menos de 60 dias depois deste mesmo dia à 4 anos... como seria se tu tens ficado? Onde estaria eu agora contigo aqui? Não vale a pena perguntar... tu partiste e comigo ficou a saudade. Vou continuar.

Um Beijo

sexta-feira, junho 22, 2007

Encruzilhadas

Perfume de Mulher: Al Pacino

[Lt. Col. Frank Slade is speaking in defense of Charlie Simms at meeting at the Baird School] "Now I have come to the cross-roads in my life - and I knew, without exception, I knew - which path was the right one - but I never took it. And do you know why? Because It was too damned hard. Now here's Charlie, he's come to the cross-roads, and he has chosen a path. It's the right path. A path that is made of principle, which leads to character. Now that's the stuff leaders should be made of."


Hoje. Este Discurso.
Para me lembrar que nem sempre é fácil o caminho

terça-feira, junho 19, 2007

segunda-feira, junho 18, 2007

Os Outros: Todos Diferentes, Todos Iguais

Num mundo tão diverso ou cada vez mais global, que respostas damos às grandes questões da vida?
Somos tão diferentes, tão iguais...

Somos 6 biliões de outros

As nossas verdades, diferenças igualdades aqui expostas em mais um brilhante projecto de Yann Arthus-Bertrand

Post Scriptum

Estou de volta em mais uma tentativa...

domingo, junho 17, 2007

Jardim Infantil

Porque ela cresce todos os dias...
Lembrei-me de um texto que li há já alguns anos na t-shirt da direcção do CN da AIESEC Portugal... googled it! . Aqui fica:

All I Really Need To Know
About How To Live and What To Do And How To Be, I learned in Kindergarten.


by Robert Fulghum

These are the things I learned:

Share everything.
Play fair.
Don't hit people.
Put things back where you found them.
Clean up your own mess.
Don't take things that aren't yours.
Say you're sorry when you hurt somebody.
Wash your hands before you eat.
Flush.
Warm cookies and cold milk are good for you.
Live a balanced life--learn some and think some and draw and paint and sing and
dance and play and work every day some.
Take a nap every afternoon.
When you go out into the world, watch out for traffic, hold hands, and
stick together.
Be aware of wonder. Remember the little seed in the Styrofoam cup: The roots go
down and the plant goes up and nobody really knows how or
why, but we are all like that.
Goldfish and hamsters and white mice and even the little seed in the
styrofoam cup; they all die. So do we.
And then remember the Dick-and-Jane books and the first word you
learned; the biggest word of all-- LOOK.
Everything you need to know is there somewhere. The Golden Rule and
love and basic sanitation, ecology, and politics and the sane living.
Think of what a better world it would be if we all, the whole world, had
cookies and milk about 3 o'clock every afternoon and then lay down with our blankets
for a nap.
Or we had a basic policy in our nation and other
nations to always put things back where we found them and clean up our own messes.
And it is still true; no matter how old you are, when you go
out in the world, it is best to hold hands and stick together.

--- Robert Fulghum

quarta-feira, maio 02, 2007

As escolhas do destino

Temos dedicado os últimos serões à anatomia. Mais propriamente à "Anatomia de Grey", e aos episódios da 2ª série. ontem o tema foi se escolhemos ou se o destino escolhe por nós? a resposta é: às vezes! para qualquer um dos lados.

"Mrs. Snyder explained to me that when fate comes into play, choice sometimes goes out the window. Maybe Romeo and Juliet were fated to be together, but just for a while, and then their time passed. If they could have known that beforehand, maybe it all would have been okay. I told Mrs. Snyder that when I was grown up, I'd take fate into my own hands. I wouldn't let some guy drag me down. Mrs. Snyder said that I'd be lucky if I ever had that kind of passion with someone, and if I did, we'd be together forever. Even now, I believe that for the most part, love is about choices. It's about putting down the poison and the dagger and making your own happy ending... most of the time. And sometimes, despite all your best intentions, fate wins anyway." Meredith Grey- Grey's Anatomy - Season 2 - Let it be

segunda-feira, abril 09, 2007

Pérolas...

Numa muito interessante experiência jornalistica, o Washington Post colocou um dos maiores violinistas actuais a tocar na saida de uma estação de metro na Capital Norte Americana.

Qual músico de rua, o violinista tocou brilhantemente durante 3 quartos de hora. Vale a pena realçar que um bilhete para um espetáculo deste homem não custa menos de 100USD. Como terá corrido a experiência? quantas pessoas pararam para ouvir? quanto $$ lhe deixaram no chapéu em frente? Será que a beleza evidente é impossivel passar despercebida?

Todo o artigo e o video aqui.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

On The Rocks

É o titulo da foto que abre apartir de hoje o blog.
Porque a vida aos 30etal é feita de muitas celebrações
porque tenho muito a que brindar...
pelas estrelas que tenho na palma da mão
mas também porque por vezes é preciso beber para esquecer a saudade
a nostalgia de momentos bons que passaram
as pessoas que partiram.

A história da foto é um desses momentos.
Uum momento para celebrar,
um passeio à Argentina
Uma caminhada sobre o Glaciar Perito moreno
Um whiskey com pedras de gelo puro

Aqui fica o brinde
a mim
a vós
aos que nós gostamos
aos que gostam de nós
a tudo aquilo que ainda temos por viver
e o resto que sa f...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Post em Branco....

Este é um post em branco.
sem nada para dizer ou partilhar.
É um post fechado sobre si mesmo.
como eu.
hoje.
em branco...

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Canto o Fado

Há fados tão tristes, que me alegram...
Talvez porque apesar de tristes persiste neles a esperança

Este é um deles: Triste Sorte (Oiço-o cantado pelo Camané)

Ando na vida à procura
De uma noite menos escura
Que traga luar do céu
De uma noite menos fria
Em que não sinta agonia
De um dia a mais que morreu

Vou cantando amargurado
Mais um fado e outro fado
Que fale de um fado meu
Meu destino assim cantado
Jamais pode ser mudado
Porque do fado sou eu

Ser fadista é triste sorte
Que nos faz pensar na morte
E em tudo o que em nós morreu
Andar na vida à procura
De uma noite menos escura
Que traga luar do céu

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Quando Perguntas...

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde.
Amo-te directamente sem problemas nem orgulho;
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira

Pablo Neruda

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Bala(s perdidas)

"Eu provavelmente morro com o fim da luta, mas se te faz feliz..."

Balla

em memória de uma noite acordada, ainda o sol se escondia, pelo palrar da minha filha que se recusava a dormir. No fim da luta ela adormeceu e eu levantei-me para vir trabalhar.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Estrada da Luz

Ontem, terminado o jogo (nada empolgante diga-se) segui sozinho até ao carro.

Horas antes tinha-o parqueado junto à estrada da luz, (não) tão mal estacionado como em tantas outras vezes, repetindo um ritual com muitos anos.

Nos passos entre a multidão a dispersar, nos passos que dei em direccão a um carro estacionado na estrada da luz, nos passos dados como em tantas outras vezes, no carro estacionado repetindo um ritual com muitos anos, em todas estas acções, senti o peso da Tua ausência.

Sei que estás lá. Sei que me observas, me protejes e me acompanhas. Mas ontem a ausência que senti era uma ausência física, era a tua voz, o som dos teus passos, o teu silêncio (tantas vezes).

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

I can change the world...

with my own two hands"... canta Ben Harper.

Ainda conservo esse sonho, nascido algures no meu percurso universitário... o sonho de ser um agente de mudança no mundo...

Foi na AIESEC, uma associação internacional de estudantes, que verdadeiramente o descobri: Na altura falavamos do intercâmbio cultural, da interdependência, do empreendedorismo, como ferramentas para a concretização do sonho

De tempos a tempos revejo as minhas acções, a minha realidade e meço a distância ao sonho.

Há tanto por fazer.

Aqui encontro pequenas ajudas. Porque somos aquilo que fazemos. E eu ainda quero ser um agente de mudança. Alinham?

domingo, fevereiro 11, 2007

Onze do Dois

Faz hoje 4 Meses que a minha Vida ganhou um novo Ramo. O amor deu frutos. A Francisca nasceu, transformando tudo à sua volta.

Este 4º Mensário (é assim que se diz a celebração do 4º Mês de vida?) coincide com o referendo do Aborto.

Hoje votei afirmamente. Para que cada Criança nascida, seja ela fruto do acaso ou do planeamento familiar, goze do direito a ser escolha e não fatalidade, para que seja sempre desejada e amada.

O Sim ganhou.
Que todas as vidas que daqui nascam sejam tão desejadas e queridas como a da Francisca.
Que cada nascimento seja sempre fruto e transformação.
Que novos caminhos se abram a todos os que são tocados desta forma.
Que assim seja.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Urgências

O meu to do list parece o Hospital de Faro.

Está cheio de casos urgentes à espera do lado de fora da Porta.

Alguém me quer ajudar a montar um hospital de campanha para responder a tanta solicitação.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Por outro(s) Lado(s)

Poema de Ary dos Santos encontrado aqui.

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
é tão vulgar que nos cansa
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
a morte é branda e letal
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo
mau profeta
falso médico
ladrão
prostituta
proxeneta
espoleta
televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

José Carlos Ary dos Santos

Oração

Parece que a dizem em todas as reuniões dos AA's

Senhor,
ajuda-me a saber aceitar as coisas que não posso mudar,
a ter a coragem de mudar o que posso mudar
e a saber destinguir umas das outras.

Que assim seja.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Preguiça!!!

Não se pode evoluir ao ignorar o desafio
È SO PREGUIÇA!!!!

Sam The Kid, Poetas de Karaoke

Tenho que me deixar disto. Este ano é o da batalha final.
Agarrar o desafio com tudo e vencer ou perder mas ir à luta

Adeus Preguiça...

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Estar Além

"Estou Além"- Foi esta a primeira gravação em estúdio de António Variações.

"Esta insatisfação, não consigo compreender, sempre esta sensação de estar a perder..." dita a letra ao mesmo tempo que afirma uma enorme força de vontade ... "vou continual a procurar a minha forma o meu lugar...".

António Variações estava muito além do seu tempo, era diferente e exibia essa diferença. Variações nasceu no concelho de amares, ainda jovem veio para Lisboa, daí para Londres e novo regresso a Lisboa. Nunca estudou música, e tudo o que escreveu começou por ensaiar só com voz num pequeno gravador caseiro. Aqui nasceu a sua música que ele classificava como um estilo "entre Nova iorque e Braga". Da sua constante busca nasceram músicas que mais de 20 anos após a sua morte levaram ao rubro milhares de jovens no festival do sudoeste. Variações criou-se, ousou e permaneceu, e devia hoje ser um exemplo para muitos empresários e governantes portugueses. Ousar ser diferente, inovar, não nos limitarmos a seguir e imitar o que já foi feito com sucesso, é o caminho para o êxito.

Vou procurar guardar a lição de Variações, até porque "vou viver, até quando eu não sei, pouco importa o que serei, quero é viver..."

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Justiça?!

É estranho o caso da criança de Torres Vedras. É estranha a noção de justiça que prende por 6 anos o Pai que 5 anos depois de ter adoptado a criança se indignou e se recusou a cumprir a ordem que o obrigava a entregar a filha ao progenitor.

A história é simples: A mãe biológica de uma criança, 3 meses após o nascimento desta entregou-a a um casal assinando um papel em que confirmava a entrega para adopção da filha a uns novos pais. Estes país criaram a criança como sua até hoje. O progenitor, que antes e após o nascimento da filha não a reconheceu, veio anos mais tarde reclamar o seu direito à filha. Ganhou esse direito em tribunal agora que a filha tem 5 anos, e a ordem judicial chegou: Retire-se a filha aos únicos pais que ela conheceu até hoje!

Eles fizeram o que qualquer pai faria: Recusaram. Ela fugiu com a criança. Ele foi preso por sequestro.

Como ontem dizia um entrevistado na Sic noticias: O Exercicio da Paternidade é muito mais do que a procriação.

Ou como entre amigos pais recentes sempre brinquei: Pai é quem cria.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Dores de Crescimento

Há dias em que a realidade nos dói.
Em que vivemos para lá das ilusões.
Dias em que descobrimos que estamos para lá dos 30, que a vida é real, que nada nem ninguêm nos protege do mau ou do papão.
Há dias em que a realidade nos esmaga, dias que fazem crescer em nós a desconfiança nos outros, a escrever claúsulas protectoras em contractos, a contactar advogados, a lutar pela justiça na barra de um tribunal.
Era tão simples a vida quando as disputas se resolviam com palmadas e castigos para quem se portava mal.

Ouvi Dizer...

que um dos vinte e um radares que a CML está a instalar em Lisboa fica no ultra rápido túnel do marquês... só se fôr para evitar derrapagens orçamentais

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Mar dos Olhos



Quem Foi... Quem Disse...
que o mar dos olhos também sabe a Sal?

quinta-feira, janeiro 11, 2007

O Cavalo de D. Afonso

Na eleição para o Pior Português de Sempre figura como candidato: O Cavalo de D. Afonso.

D. Afonso, filho do Rei D. João II, casado com a filha dos Reis Católicos de Espanha era o herdeiro da coroa portuguesa e por casamento herdeiro da coroa espanhola.

Herdeiro de D. João II o grande Rei do avanço português pelos mares, o Principe era também o seu grande plano político numa altura em que Portugal e Espanha dominavam os mares e o mundo conhecido, e que o sonho ibérico controlado por Lisboa ainda estava de pé.

Afonso nunca chegou a Rei. Caiu do Cavalo durante um passeio à beira Tejo e uma nova História começou a ser escrita

Eu voto no Cavalo.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Destino de um Sonho

Ainda do mesmo texto:

"Existem(...) várias formas de pobreza. E há, entre todas, uma que escapa às estatísticas e aos indicadores numéricos: é a penúria da nossa reflexão sobre nós mesmos.

Falo da dificuldade de nos pensarmos como sujeitos históricos, como lugar de partida e como destino de um sonho. "

Mãos à Obra

7 Sapatos Sujos

A intervenção já tem quase um ano e é de um discurso de Mia Couto na abertura do novo ano lectivo no Instituto de ciências e tecnologia em Moçambique. Mas eu só agora a descobri numa viagem por aqui. E porque estamos a começar 2007, e porque isto também faz sentido para mim, aqui em Portugal, Europa no chamado Mundo Desenvolvido, deixo-vos os 7 Sapatos Sujos de Mia Couto:

"Não podemos entrar na modernidade com o actual fardo de preconceitos. À porta da modernidade precisamos de nos descalçar. Eu contei Sete Sapatos Sujos que necessitamos deixar na soleira da porta dos tempos novos. Haverá muitos. Mas eu tinha que escolher e sete é um número mágico:

Primeiro Sapato - A ideia de que os culpados são sempre os outros;
Segundo Sapato - A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho;
Terceiro Sapato - O preconceito de que quem critica é um inimigo;
Quarto Sapato - A ideia de que mudar as palavras muda a realidade;
Quinto Sapato - A vergonha de ser pobre e o culto das aparências;
Sexto Sapato - A passividade perante a injustiça;
Sétimo Sapato - A ideia de que, para sermos modernos, temos de imitar os outros."

Vale a pena ler o discurso integral: Aqui

They Tube!

Foi noticia ontem.

A PSP de Évora identificou um jovem de 13 anos que se divertia a vandalizar carros na cidade.
A prova: O video filmado com o telemóvel e disponível no You Tube. Quem disponibilizou o video na net: O próprio jovem, na sua página do Hi5.

É impressão minha ou esta noticia é um sinal dos novos tempos?

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Contagem Decrescente

Sou crente. Não sei em que Deus, mas sigo na busca da minha espiritualidade. Escolhi o rito e a religião católica como forma de expressar e procurar essa espiritualidade, e assim a ponho em práctica... Vou a missa (quase sempre) ao Domingo, rezo, peço e agradeço todos os dias.

Vem isto a propósito da irritação que ontem senti durante e depois da missa. O tema escolhido para a Homilia: O referendo do Aborto. A posição defendida: O Não (até à exaustão)...

Até 11 de fevereiro não vai haver lugar à descoberta e crescimento espiritual... a Igreja embarcou numa cruzada: O voto no Não.

Ora acontece que eu vou votar Sim. Não por ser a favor da solução Aborto. Na verdade, sou contra o Aborto como solução, e acredito que em nenhuma circunstância aconselharia/optaria por essa solução. Mas ser pessoalmente contra uma opção, não significa que ela deva ser negada a outros. Ahhh mas a opção é moralmente condenável. Admito que sim, tal como condenar uma vida à violência, ao abandono, ao isolamento... e para mim aqui reside a questão: A defesa da Vida não se escreve a preto ou branco, não se limita ao verdadeiro ou falso... a defesa da vida depende de um sem número de circunstâncias, muitas delas do foro pessoal... e por isso voto Sim. Porque acho que ter escolha, é o maior valor porque devemos lutar.

E aqui reside a minha irritação. A Igreja entende o seu papel, não como o de uma instituição que abre caminho a uma descoberta, do nosso interior, da nossa força espiritual, mas sim como uma força destruidora de opções. A Igreja não confia na sua capacidade de chegar ao coração dos homems, de lhe abrir caminhos, de lhe mostrar a luz para lá das pedras e obstáculos e por isso mobiliza-se para que o caminho "fácil" (e será que neste caso é mesmo fácil?) não seja opção...

A mim resta-me contar os Domingos até 11 de Feverereiro, para que possa de novo encontrar um espaço de desafio, construção, diálogo interior, recolhimento... até lá, segue a contagem decrescente da campanha pelo não.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Planos

Ainda sem planos para 2007.
Ainda ao sabor da mesma corrente que me levou durante 2006.
Como Agostinho da Silva...

" Não faço planos para a vida. Confio nos planos que a vida tem para mim..."

Ps: Pelo sim pelo não hoje jogo no Euromilhões.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Recomeço

Hoje regresso aqui. Recomeço.

Sísifo
Miguel Torga

Recomeça...
Se puderes,

Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.